A Ina está prestes a lançar uma sobremesa com tapioca. Tive a oportunidade de ver alguns testes e perceber como nascem comidas confortáveis.
Ela já tem experiência com tapioca, o bolinho de estudante é um MEGA sucesso. Mesmo assim, estava simplesmente ligando para tias mais velhas baianas, trocando uma idéia sobre tapioca. É! Ela queria saber as impressões, opiniões, dicas etc. Lendo assim, talvez não pareça extraordinário. Mas uma chef, com experiência de 20 e tantos anos, ir buscar informações lá na fonte, com quem lida com tal ingrediente há anos, é de muita sabedoria. E, invariavelmente, produz comida da melhor qualidade, com muita afetividade.
Como a Ina, só a Sudbrack. Um dia, queria marcar um encontro das duas e ficar só aprendendo.
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Depois de mil testes, a sobremesa está pronta, mas ainda não foi lançada.
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Abaixo, um post sobre meu menu predileto atual no Mestiço e uma previsão sobre novas classificações para restaurantes.
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Há treze anos, o Mestiço era uns dos cinco restaurantes brasileiros que se intitulavam contemporâneos. No caso, não para seguir tendência, mas, de forma instintiva, possuir um cardápio variado, cosmopolita – contemporâneo de fato.
Hoje em dia, os termos “molecular” e “confortável (comfort food)” andam lado a lado, ou, pra quem fizer mais sentido, cada um para o seu lado. Direções a parte, são termos globalizados, plenamente divulgados, mas ainda com poucos adeptos no Brasil. Lógico, que diferentemente das espumas espanholas (molecular), a expressão comfort é posterior a comida. É só uma forma de batizar e, porque não, valorizar aqueles pratos feitos com amor, de forma simples, menus que nos deixam mais felizes. Tratando- se de alimento, é uma tradução engraçada, mas não me vem à cabeça palavra que substitua melhor confortável.
O Mestiço, instintivamente novamente, possui em todos os seus pratos, da execução à apresentação, elementos confortáveis.
Uma rápida passada de olhos no cardápio tem exatamente este efeito.
É inevitável não se emocionar confortar com o krathong- thong (cestinhas tailandesas de massa crocante rechadas com frango, milho e especiarias), o Soba (versão mestiça do yakisoba) e o frozen yogurt com calda de chocolate e castanhas.
krathong |
Notem que a sugestão inclui uma entrada, um prato principal e uma sobremesa. É minha seqüência favorita atualmente.
Alias, é o único defeito do Mestiço: você cria uma ligação afetiva com certos menus. Até hoje, achava que só eu sentia dificuldade de me aventurar pelo cardápio. Mas, numa rápida pesquisa, descobri que a maioria dos foodies, que amam e já escreveram sobre o restaurante, tem a mesma resistência. Li inclusive, que é um ritual difícil de transpor.
Para quem conhece a maioria dos pratos, já imagina a sucessão de gostosuras e imensa sensação de bem estar que está por vir. Não é exagero, aposto que teremos comentários endossando o que digo - é uma experiência para lá de confortável!
Só para terminar: o ambiente é mais que confortável, as porções são generosas e o preço é honesto.
Foto, em primeira mão, das mesinhas na calçada |
Histórias e receitas sobre a Ina - Site Panelinha, por Maria Clara Vegueiro
8 comentários:
PRECISO conhecer o Mestiço!
Ótimo post, Liu!
Beijo!
Ir a Sampa e não ir ao Mestiço é o mesmo que vir na Bahia e não tomar banho de mar. Amo! E Ina tem uma energia tão boa, tão leve, tão difícil de encontrar né?
Aproveita que tá aí e se aventure a cada dia no cardápio. Tenho certeza que vc só terá boas surpresas!
Bjssss pra vc e Ina.
Ah, esses pratos eu não provei,
voltando em São Paulo, voltono Mestiço,
Lia
eu quero experimentar comida confortavel! nunca tinha ouvido/lido sobre isso (sou tão por fora assim?). seu blog é um sucesso! adoro! bjs
êe gente, valeu!
brigada, mama.
nao to em sampa, tati.
vamos todos ao Mestiço!
Oba!!! Sobremesa de tapioca a vista!!!! Pude ver a criação na cozinha da Ina. Imperdível.
Poxa.. adorei a notícia de uma nova sobremesa...!!! querirlá, querirlá! :)
setembro eu vou!
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